Desafios de cultura e engajamento no modelo flexível de trabalho

As mudanças no mundo do trabalho nos últimos anos impactaram de diferentes formas as organizações, com o trabalho remoto e híbrido novos desafios surgiram para os profissionais de RH. Pensando nisso, no mês passado a WeWork reuniu alguns convidados na primeira edição do "WeTalk: Revolucionando a Gestão de RH".

Um dos pontos discutidos foi a cultura e o engajamento dos colaboradores diante dessas mudanças. A pandemia e trabalho remoto mudou a forma que as pessoas se relacionam com o trabalho. Se antes tínhamos uma visão de que o sucesso era um grande cargo, como de gerente ou diretor, por exemplo, hoje, a concepção de sucesso se tornou mais individual. O trabalho que exercemos e o propósito daquilo, possuem um significado para cada pessoa, por isso, o próprio sucesso é algo pessoal.

Essa ideia tomou mais forma nos últimos anos e, junto disso, novas questões vieram à tona. A felicidade corporativa e liderança positiva passaram a fazer parte das discussões que as organizações devem valorizar.

A felicidade organizacional está relacionada aos sentimentos de bem-estar, realização pessoal e emoções positivas dos colaboradores. Assim como as relações positivas que possuem, o engajamento, o significado que dão aos seus próprios trabalhos e uma boa saúde física.

Uma organização que cuida e se preocupa com essas questões pode ter grandes resultados em diferentes âmbitos. As pessoas se tornam mais produtivas, são mais inovadoras e geram uma comunicação positiva a respeito da marca empregadora. Além disso, o investimento preventivo gera menos custos do que após crises.

Diante disso, a liderança positiva também ganha maior destaque. É importante que o papel de liderar acompanhe as mudanças, saindo de uma gestão clássica e criando conexões verdadeiras. A liderança humanizada deve manter o equilíbrio entre os níveis de indivíduo, relacionamentos e negócios.

É a partir da transparência, adaptabilidade, motivação, ambição e realização que se torna possível criar uma gestão flexível, onde a confiança será mútua. A liderança pode confiar no trabalho e resultados do colaborador, assim como o colaborador sabe que pode contar com a empresa e o líder em diferentes situações.

O modelo de trabalho ideal para cada empresa varia, mas a comunicação é o ponto principal para reconhecer o melhor caminho. Ouvir e estar conectado aos colaboradores, para saber suas necessidades, com o que eles se identificam e o que querem, é o primeiro passo. Assim, alguns dos desafios do híbrido ou remoto podem ser resolvidos a partir do diálogo e relacionamento, reforçando um ambiente saudável e seguro.