Engajamento do colaborador e novos modelos de trabalho
No último episódio do Future of Work, podcast da WeWork em parceria com a Reconnect Happiness at Work sobre as tendências e desafios do mercado de trabalho, o convidado foi Paul Ferreira, diretor acadêmico da FGV-EAESP e professor de Estratégia e Liderança.
Paul é dos acadêmicos que presta apoio nas pesquisas do projeto-piloto da Semana de 4 dias, que visa reduzir a carga horária sem alterar os salários e, ao mesmo tempo, fomentar a produtividade. Para ele, os primeiros resultados já são promissores para o mercado de trabalho. Cerca de 95% das empresas aderentes conseguiram, de maneira rápida, implementar alguma forma para reduzir 20% da jornada de trabalho, uma premissa desse modelo, demonstrando o comprometimento das mesmas.
Além disso, a partir da primeira pesquisa quantitativa sobre o modelo, foi possível constatar que cerca de 61% dos respondentes relatam uma melhoria na execução de projetos, 44% relatam melhoria na capacidade de cumprir prazos e, ainda, 82% dizem se sentir com mais energia.
Para Paul, esse modelo pode impactar, significativamente, a forma que as pessoas se relacionam com seus trabalhos. Atualmente, é possível notar a falta de engajamento dos colaboradores e alta rotatividade nas organizações. A busca por soluções e novos modelos de trabalho pode contribuir para a mudança desta realidade de forma sustentável.
Segundo pesquisa realizada pelo Paul, somente quatro a cada dez funcionários se sentem engajados. Ainda, foi constatado que a alta liderança é duas vezes mais engajada do que os demais colaboradores. Essa diferença pode causar ruídos nas companhias, tornando-se importante, então, relembrar o papel das mesmas para resolver esses problemas e reverem suas práticas e cultura, para promover a harmonização na maneira que seus funcionários entendem o trabalho e o engajamento.
Apesar da dificuldade de prever como será o futuro do trabalho, para Paul, ele está relacionado com soluções e respostas sustentáveis e mais efetivas. Por exemplo, a falta de inclusão nos espaços de trabalho e com podemos promovê-la e se beneficiar disso, também menciona a falta de oportunidades para diversos grupos que sofrem com desemprego e preconceitos. Ele também aborda o valor social do trabalho, a grande diferença salarial entre cargos de uma mesma empresa e empregos desvalorizados, apesar de suas grandes contribuições para a sociedade.
Por fim, destaca a valorização da flexibilidade como um lifestyle, ou seja, é importante que as pessoas balanceiem cada atividade e grupo social da sua vida, como emprego, família e lazer, para que isso reflita na forma como vivemos e, consequentemente, na forma como nos relacionamos com o trabalho.
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