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Novos modelos de trabalho e a liderança humanizada

Novos modelos de trabalho e a liderança humanizada

No episódio quatro do Future of Work, podcast da WeWork em parceria com a Reconnect Happiness at Work sobre as tendências e desafios do mercado de trabalho, o convidado foi Alexandre Pellaes, professor, pesquisador e palestrante.

Ale é pesquisador especialista em novos modelos de gestão e futuro do trabalho, focado nas mudanças do significado do trabalho para o ser humano e como isso reflete em novas modalidades de gestão e estruturas organizacionais.

Apesar do grande movimento voltado para a flexibilidade e novas formas de se relacionar com o trabalho, ainda existem aqueles habituados com modelos conhecidos, de comando e controle, obrigação do presencial e preservação do tradicionalismo.

Para Ale, essa dualidade existente é clara em um simples exemplo: modelos hierárquicos em que alguns líderes desejam a volta dos funcionários de forma presencial e a resistência dos mesmos sobre isso.

Mas a grande questão envolta é que, diante de tantas mudanças, não foi desenhado um novo modelo a ser seguido, mas, sim, alguns improvisos aderidos por conta da crise durante a pandemia do Covid-19. Portanto, o que foi feito durante uma crise não funcionará nos momentos futuros, afinal, por conta da "correria" que o momento exigia, não foram definidas formas eficientes de mensuração de resultados, pontos de report, formas de conexões humanas apesar da distância, entre outros. 

A partir disso, é preciso enxergar que nessa dualidade não há uma visão correta ainda definida. Cada indivíduo tende a considerar somente o lado em que lhe gera mais conforto. E, depois de tantas mudanças, é preciso deixar o individualismo de lado e fazer com que cada transformação comece a partir de diálogos e discussões sobre o tema.

Dentro desse movimento de flexibilidade e autonomia, também houve mudanças que impactaram no escopo de atividades dos profissionais. Se antes procuravam fazer somente o que era definido ou autorizado pelos gestores, hoje, há uma grande busca por fazer mais, aprender mais e ter maior liberdade e confiança para novas decisões. Contudo, é importante ressaltar que a autonomia pode se tornar um peso. Principalmente, quando alguém assume algum espaço no qual ainda não estava pronto para aquilo.

Diante desse cenário, é relevante compreender como a liderança poderá agir. Muitas vezes, quando um líder procura identificar quais dificuldades e desafios esse profissional está passando dentro de sua autonomia, acaba sendo interpretado como um micro gerenciamento ou controle, mesmo que isso não seja a realidade. Por isso, também é importante entender quais as intenções da liderança, onde ela procura chegar com sua gestão e ter empatia com ambos os lados. 

Para criarmos uma liderança humanizada, é importante que os próprios líderes se compreendam, tenham autoconhecimento e, assim, sejam conscientizados sobre o papel ético e cuidadoso que devem exercer. 

Por fim, o futuro do trabalho, para Ale, está além do mundo organizacional, ele demanda uma nova compreensão do ser humano em relação ao nosso papel na sociedade a partir da nossa capacidade produtiva. Deve ser uma reavaliação humana de quem podemos ser, trazendo consigo um resgate da criatividade, da apreciação do mundo, da conexão humana e da generosidade. 

Com uma visão otimista, o futuro do trabalho é mais humano a partir de uma revisão de quem queremos ser através de nossas ações. 

Para conferir mais sobre o tema e ouvir o episódio completo, acesse nosso Spotify ou assista pelo Youtube: 


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